Técnica que cria embrião com DNA de um homem e duas mulheres soluciona doenças mitocondriais

Cientistas da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, desenvolveram uma técnica pioneira que permite transferir pela primeira vez o DNA entre dois óvulos humanos e criar um embrião com material genético de um homem e duas mulheres. O procedimento – realizado pela primeira vez no mundo – poderia ajudar na prevenção de doenças graves hereditárias em que o DNA mitocondrial (passado de mãe para filho) é defeituoso.

Cada célula do nosso corpo precisa de energia fornecida pela mitocôndria para funcionar. Caso o DNA na mitocôndria sofra uma mutação, e seja passada adiante, pode ocasionar o nascimento de crianças com insuficiência cardíaca ou hepática, fraqueza muscular, diabetes, cegueira e dificuldade de aprendizagem. Na infância, pode levar à morte. Com a nova técnica, no entanto, a “bateria celular”, como também é chamada a mitocôndria, pode ser substituída por outra saudável antes do nascimento.

É a primeira vez que uma técnica do tipo foi usada em fertilização de óvulos humanos. Um óvulo fertilizado geralmente contém dois pronúcleos – material genético do óvulo e do espermatozoide -, assim como as mitocôndrias. O procedimento desenvolvido pela equipe de Newcastle envolveu a remoção do pronúcleo, deixando a mitocôndria.

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