Os principais entraves ainda se concentram na falta de qualificação e em como localizar as pessoas com deficiência que procuram emprego.
A reserva de vagas e a contratação de pessoas com deficiência por empresas com mais de 100 funcionários, impostas pela Lei 8.213/91, não tem sido tarefa fácil de ser cumprida pelos departamentos de recursos humanos de empresas. Os principais entraves ainda se concentram na falta de qualificação e em como localizar as pessoas com deficiência que procuram emprego.
A reserva de vagas e a contratação de pessoas com deficiência por empresas com mais de 100 funcionários, impostas pela Lei 8.213/91, não tem sido tarefa fácil de ser cumprida pelos departamentos de recursos humanos de empresas. Os principais entraves ainda se concentram na falta de qualificação e em como localizar as pessoas com deficiência que procuram emprego.
De acordo com o Censo 2000, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 14,5% da população brasileira, ou 24,6 milhões de pessoas, é portadora de deficiência. Isto significa que, em cada 100 brasileiros, no mínimo, 14 apresentam alguma limitação física ou sensorial. Pessoas com mais de 40 anos representam 64% do total de deficientes. Os mais jovens, com idades entre 20 e 39 anos, representam 21,8%.
Segundo Superintendência Regional do Trabalho no Estado de São Paulo, em 2001 havia somente 601 pessoas com deficiência formalmente contratadas no estado. Em 1999, com a regulamentação da Lei de Cotas, a situação começou a mudar. Dados de 2009 indicam 102 mil pessoas com deficiência integradas ao mundo corporativo em São Paulo.
Mas a situação ainda está longe da ideal. Para fazer frente às dificuldades, o Selur (Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana de São Paulo), que representa 57 empresas que atuam na limpeza urbana, foi atrás de alternativas para ajudar nas duas pontas. Em 2009, lançou o site www.selursocial.org.br, uma iniciativa que visa colaborar para a inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Desenvolvido seguindo recomendações internacionais de acessibilidade, o site permite que pessoas com deficiência possam cadastrar seu currículo e consultar oportunidades de emprego de forma totalmente gratuita e sem a ajuda de terceiros.
Outra iniciativa é a capacitação para surdos e deficientes físicos. Desde 2008, o Selur patrocina o “Programa de Aprendizagem Profissional para Surdos e Deficientes Físicos”, promovido pela Fundação de Rotarianos de São Paulo e realizado no Centro Profissionalizante Rio Branco – CEPRO, em São Paulo. O curso dura 400 horas de aula e é desenvolvido ao longo de um semestre. Com aulas à tarde, propicia a pessoas com deficiência desenvolver habilidades para a vida, aprender noções administrativas e de atendimento e reforçar conhecimentos de informática, português e matemática. “Nosso intuito é formar para incluir. Com isso, abrimos os caminhos para pessoas que tem muito potencial, mas não tinham oportunidade”, diz Ariovaldo Caodaglio, presidente do Selur.
O cadeirante Renato dos Santos é um beneficiário do programa. Ele tinha cursado até a oitava série e não encontrava trabalho. Em um site de buscas encontrou o programa e não perdeu tempo: entrou na primeira turma em 2009. “Nas aulas, descobri habilidades que achava que não tinha. Aprendi como me comunicar bem nas aulas práticas e muito do que aprendi no curso, aplico hoje no meu trabalho”, comenta. Depois de concluir o curso, Renato cadastrou seu currículo no site Selur Social e logo foi chamado para trabalhar no departamento de Recursos Humanos de um banco. Renato cursou o supletivo e acaba de ganhar uma bolsa de estudos da empresa onde trabalha para continuar os estudos. “Com a bolsa, vou entrar na faculdade de Direito”, comemora.
Desde que a parceria foi firmada, em 2008, mais de 70 pessoas com deficiência já passaram pelo programa de capacitação. A iniciativa de inclusão social foi premiada no ano passado pela Anamatra, associação que reúne juízes do trabalho. “Este prêmio é o reconhecimento de que o curso tem cumprido os objetivos de inclusão social”, afirma Ariovaldo.
Informações sobre o programa: www.cepro.org.br
Segundo Superintendência Regional do Trabalho no Estado de São Paulo, em 2001 havia somente 601 pessoas com deficiência formalmente contratadas no estado. Em 1999, com a regulamentação da Lei de Cotas, a situação começou a mudar. Dados de 2009 indicam 102 mil pessoas com deficiência integradas ao mundo corporativo em São Paulo.
Mas a situação ainda está longe da ideal. Para fazer frente às dificuldades, o Selur (Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana de São Paulo), que representa 57 empresas que atuam na limpeza urbana, foi atrás de alternativas para ajudar nas duas pontas. Em 2009, lançou o site www.selursocial.org.br, uma iniciativa que visa colaborar para a inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Desenvolvido seguindo recomendações internacionais de acessibilidade, o site permite que pessoas com deficiência possam cadastrar seu currículo e consultar oportunidades de emprego de forma totalmente gratuita e sem a ajuda de terceiros.
Outra iniciativa é a capacitação para surdos e deficientes físicos. Desde 2008, o Selur patrocina o “Programa de Aprendizagem Profissional para Surdos e Deficientes Físicos”, promovido pela Fundação de Rotarianos de São Paulo e realizado no Centro Profissionalizante Rio Branco – CEPRO, em São Paulo. O curso dura 400 horas de aula e é desenvolvido ao longo de um semestre. Com aulas à tarde, propicia a pessoas com deficiência desenvolver habilidades para a vida, aprender noções administrativas e de atendimento e reforçar conhecimentos de informática, português e matemática. “Nosso intuito é formar para incluir. Com isso, abrimos os caminhos para pessoas que tem muito potencial, mas não tinham oportunidade”, diz Ariovaldo Caodaglio, presidente do Selur.
O cadeirante Renato dos Santos é um beneficiário do programa. Ele tinha cursado até a oitava série e não encontrava trabalho. Em um site de buscas encontrou o programa e não perdeu tempo: entrou na primeira turma em 2009. “Nas aulas, descobri habilidades que achava que não tinha. Aprendi como me comunicar bem nas aulas práticas e muito do que aprendi no curso, aplico hoje no meu trabalho”, comenta. Depois de concluir o curso, Renato cadastrou seu currículo no site Selur Social e logo foi chamado para trabalhar no departamento de Recursos Humanos de um banco. Renato cursou o supletivo e acaba de ganhar uma bolsa de estudos da empresa onde trabalha para continuar os estudos. “Com a bolsa, vou entrar na faculdade de Direito”, comemora.
Desde que a parceria foi firmada, em 2008, mais de 70 pessoas com deficiência já passaram pelo programa de capacitação. A iniciativa de inclusão social foi premiada no ano passado pela Anamatra, associação que reúne juízes do trabalho. “Este prêmio é o reconhecimento de que o curso tem cumprido os objetivos de inclusão social”, afirma Ariovaldo.
Informações sobre o programa: www.cepro.org.br
Fonte: Agência Inclusive
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