Modificando a progressão da doença Machado-Joseph por meio do bloqueio de cafeína nos receptores de adenosina A2A.
Tradução: Eduardo LIIMA
A doença Machado-Joseph ou ataxia espinocerebelar tipo 3 (MJD/SCA3) é um mal neurodegenerativo genético originalmente descrito em pessoas de ascendência portuguesa. Trata-se da mais comum das ataxias geradas de modo dominante em todo o mundo. A MJD se associa com a expansão do número de CAGs presentes na região codificadora do causador -- o MJD1/ATXN3. A repetição excessiva e anormal do trinucleotídeo CAG é expressa em um trato da poliglutamina expandida (polyQ) com a ataxina 3 (Atax3), uma proteína envolvida na desubiquitinação, o que resulta em manifestações clínicas graves, que invariavelmente levam a óbito. Não se encontra disponível nenhum tratamento. Nós e outros já demonstramos que a patogênese da MJD se associa à proteólise mediada pela calpaína na ataxina 3 mutante (Haacke et al 2006, Koch et al 2011, Simões et al 2012 revista Brain). As calpaínas são ativadas pelo cálcio cujos níveis nos neurônios se elevam ao se dar a excitação dos receptores. Já que a cafeína (sabidamente um antagonista não-seletivo de receptores de adenosina) bloqueia os receptores de adenosina A2A (A2AR),além de modular a excitação excessiva glutamergênica, propomo-nos a investigar o uso da cafeína no alívio da MJD4141414141414141. Nossos dados preliminares sugerem que a inativação do A2AR combinado à cafeína como recém-descoberta meta terapêutica para administrar a MJD, uma abordagem que pode ser levada aos pacientes a curto prazo.
PESQUISA COMANDADA POR LUIS DE ALMEIDA (UNIV.DE COIMBRA) E GANHADORA DE BOLSA DO NAF (NATIONAL ATAXIA FOUNDATION – EUA)
FONTE: ABAHE
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